Colecionas amores e eu, dores a cada aquisição do teu acervo.
Italmar Menezes
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Vem ter comigo Vem ter comigo para que, juntos, cavalguemos a noite a buscar a luz tão mais intensa que nos levará ao dia Vem ter comigo para que velejemos o dia em corpos mancomunados olhos semi-cerrados como a projetar a tarde vindoura. Vem ter comigo para que a mágica tarde livre-nos de todos os males e nos apresente mais tarde à "AURORA BOREALIS". Vem ter comigo para que o cio do céu de inveja não nos açoite e nos encontre ciando a mais ciante das noites. Vem ter comigo no fim deste dia, prenúncio de um dia novo antecessão de outros dias, com noites em sucessão. Vem ter comigo para que o ciclo dos dias não veja no ciclo da gente nada novo ou diferente de um ciclo só de paixão. Vem ter comigo para que, juntos, morramos clamando vida e para que renasçamos a cada volúpia. Vem ter comigo para que nossa união seja sempre bendita sem mácula, preconceito, vergonha ou culpa. Vem ter comigo para que, corpos em ócio, unidos, durmamos nus. Vem ter comigo pois, tu és me
Galeria * Teu rosto assim... tão paz; teus olhos assim... tão luz; e o tempo assim... no tempo parado, como a argüir do futuro a lembrança do passado. Por que mãos assim... tão dádivas? E tez assim... tão dúvidas, como se rogasses por nós a remissão que não merecêssemos? Por que semblantes assim... tão pudicos, como a conter a voz do que nem mesmo disséssemos? E como ficas assim... imóvel e muda, a me fitar recriminante, no altar desta galeria com teu olhar desconcertante e teu rosto pálido de quem me repudia. São teus traços justos que me afugentam com a rapidez de quem me denuncia e este teu ar brando que me acolhe com o calor de quem me acaricia. Italmar Menezes * - Este poema dá título ao livro que num futuro poderá estar à disposição dos amantes da poesia.
FUNERAL DE UM POETA I Acabem com um poeta e apresentem à sua alma a conta da inumação. Não precisa réquiem que um poeta só prega a poesia e, por isso mesmo, só crê no que pode ver ou sentir para santificar pelo cunho da palavra. Não precisa lágrimas que a memória de um poeta, nenhum pranto lava. Não acendam velas que a poesia já o tornou iluminado e ele próprio distribuiu seu lume sem perder o brilho, sem perder o brio. Quantos de vocês, impiedosos homicidas, não se deleitaram com seus feitos antes que suas imundas mãos assassinas liquidassem o portentoso? Quantas vezes não lhes serviu de consolo o laivo de seus versos o carisma de seu universo que, de qualquer modo, lhes amainou as angústias? Acabem com um poeta mas, não lhe cavem sepultura funda que um poeta não precisa se esconder; não lhe abram cova profunda para que possam brotar como sementes os despojos de sua mente ainda que sejam para semear um lúgubre lugar. não precisa marcar a data que um poeta, despropositadamente, viveu
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